"Usufruto de demônios", a lapidação da dor
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGgbiBUMpTykflmdO_Kn7YV4LXJDeiLrok2GQnZUiF7tD4dXB8_Mr0B0GoCWx9bk2VAh0LXEFxLt_ogGG0IMsP7CtdBzAAO46fyd_iTIYjbY5iHCTRvRQ3kczePt2oljLhYf--g6pk5T07xIlSbWO_VII469T_4co0b-hUAWI-Gi8hWdWL3GcYzImesg/s320/CapaUsufruto.png)
Por Hugo Almeida Nos anos 1970/1980, o escritor Ricardo Ramos (1929-1992) era considerado nos meios literários o maior conhecedor do conto brasileiro contemporâneo. Como sempre houve, hoje existem vários grandes leitores de contos de autores nacionais. Entre os primeiros está Whisner Fraga (Ituiutaba-MG, 1971; vive em São Paulo), também um grande contista, a exemplo do filho de Graciliano Ramos (1892-1953). Desde que criou o canal Acontece nos Livros, no YouTube, há seis anos, Whisner já comentou cerca de 200 obras de ficção, a maioria contos de escritores brasileiros, principalmente publicados por pequenas editoras. Whisner acaba de lançar o seu 12 º livro, Usufruto de demônios (Ofícios Terrestres Edições), volume de minicontos, alguns editados em vídeos no YouTube. Em 2020, ele havia lançado O que devíamos ter feito (Patuá), contos originais, poéticos e por vezes cruéis. Na nova coletânea, prevalecem o tom e o tema da dor, como da pandemia da Covid-19, mas agora ainda mais incisiv